Loucura
Raiva
Choro
Dor
Silêncio
Acreditei que fosse possível não sentir, me iludi que já tinha sentido demais para sentir novamente. ME ENGANEI.
Com voz de quem estava se divertindo antes da minha ligação, mais uma vez afirmando sentir o que eu não conseguia ver em sua expressão... Com voz suave ela me disse simplesmente "acho que não quero mais namorar"!
Menos de 12 horas atrás me chamava de amor, menos de 12 dias atrás me dizia que iria casar comigo. Como pode o amor ser dito de maneira tão leviana. Pior que não consigo duvidar do amor, pois eu o sentia, mas estava certa quando questionei sua força. Era amor, mas não era forte.
Ando tonteando pelos comodos da casa, perdida na nova organização que fui arremessada. E tudo que consigo me ouvir falar é "você sabia, sabia que ela faria isso! Soube desde o início que ela iria embora. Por que chorar agora que foi?"
Rodo inquieta, e repito mentalmente, não consigo aceitar. Não consigo entender tamanha incoerência. Eu amo de outro jeito, e meu amor não se desfaz na dificuldade, meu amor olha para a dificuldade de frente e busca a superar.
Tolo amor que descia para a baixada santista no meio da semana com folhas de declarações de amor, apenas para surpreende-la e encantá-la. Tolo amor que acreditava e falava da poesia de seu corpo. Tolo amor, que agora busca um jeito desesperado de conseguir suicidar-se!
Como é que se aprende a desamar? Como é que se deseapaixona?
Dói, eu choro, e sigo.
Porque a vida é mesmo isso, as vezes partimos, as vezes somos partidos.
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