segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Viu, o por-do-sol

Dois corpos nus
Ao horizonte, o oceano.
Em sintonia, as ondas se fazem nos corpos
Os corpos fazem as ondas
O barco, apenas acompanha as vibrações.

Curvas, Vento, Som

Cabelos longos, corpos morenos, delicados e femininos
Despiram-se um para o outro
Mas foi o por-do-sol quem assistiu
Ouviu os mais livre gritos do gozo
Corpos em tempestade agitada e incontível

Mãos, línguas, lábios inquietos
Suor, gemidos, palavras tremulas


O por-do-sol não foi lembrado, não foi exaltado
Naquele longo momento nenhum Deus existiu que não mulher,
Natureza suprema, só a delas: Ali, Deusas!


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