Cheguei a construir títulos que fizessem caber o discurso de mim, e agora chego ao ponto de necessitar livrar-me deles, transpor-los, transcendê-los.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Fragmentos Que Não Poderiam Não Ser Escritos
"Tira as coisas da gaveta. Não é bem assim!"
"Olha você engavetando de novo."
"Não. Não dá pra falar porque se eu falar não vou ser fiel, sempre vai faltar"
"Eu tô te ouvindo,Tha."
"Não cai, não. Porque eu te seguro."
Ela e aquele universo tão dela:
Cheio de palavras, repleto de silêncios!
Também Me fez enxergar-me
"É engraçado como as vezes você fala desse jeito difícil, Tha"
"O que?"
"Por que?"
"Me explicaaa!"
Ela daquele jeito tão dela, adentrou universo meu:
Cheio de sentimento, repleto de racionalidade!
Achava-me toda leveza e voo
Mas deparei-me com os pés infincados ao chão
Sorri em deboche e acolhimento de mim, quando vi que apenas minha mente houvera sido capaz de voar
Meu corpo? Ah, Ele ficou estático e padeceu por não ter sido levado junto.
Tudo foi percebido apenas quando minha mente voltou do céu, quando senti uma mão tocar a minha, me lembrando que minha mente nunca houvera sido deslocada do meu corpo.
Ela, então, segurou minha mão, me chamando para voar, mas meus pés ainda estavam presos.
Agora, com olhos e mente abertos à realidade, a vi a voar..voar.. voar..VOAR....
Ela voou de corpo, de mente, voou na vida, voou ...
Ela me fez lembrar que é possível voar!!
Me fez perceber que não é preciso desenhar sempre árvores fincadas ao chão. Que as vezes podemos desenhar balões.
Agora ensaio os traços, os ângulos, balanços, ensaio meu voo,
Enquanto voo contigo, sentindo-me muito bem vinda, mesmo sem saber ao certo se fui convidada.
Ignoro momentaneamente a covardia humana frente o amor!
Jogo me momentaneamente no nós sem pretensões de saber nos diferenciar!
Te amo, neste instante como nunca houvera amado antes e me permito momentaneamente assim amar!
Perco-me momentaneamente de mim, e só me encontro em tua pele, em tua boca, em tua alma!
Ignoro a vida, e vivo mais que nunca, vivo arriscando me na possibilidade de morrer no outro, vivo viva, mais viva que jamais vivi!
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