Vivo construção, vivo descoberta, vivo desrespostas sem fim
Hoje tenho me permitido a invenção de palavras, a invenção de tragédias
de nirvanas, a invenção do todo em fim
É, meu amor! Não deve ser fácil alojar-se em mim
Só agora ando descobrindo desverdade, só agora descubro saudade
Só agora ciúmes, só agora assim
Mas não te quero longe, amor, aceito pacienciosamente: dificuldades tecem cetim!
É, meu amor! Você já me disse que para ti não há dificuldade
Confesso que talvez seja meu o desconforto dessa liberdade
não é mesmo fácil deixar o sentir maior que outras faculdades
É, meu amor! Você já me disse que não há verdade
Mas na luta com meu eu, minha humanice por vezes se faz tempestade
Então me arranha os telhados, me derruba as árvores, me perturba a cidade
É, meu amor! Sorte minha, que o tenho
Que o vivo, o exalto, o desdenho
o desfaço, reinvento, mas sempre o mantenho
É, meu amor! Te faço centro em meu ser
Com você ensino e aprendo a deixar viver
No meu mundo busco por-te em tudo, sempre me surpreendendo com as belezas tão únicas que fazes florescer!
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