Como queria eu neste momento ter tinta ou argila para expressar-me agora! Elas poderiam ser tão mais fiéis aquilo que busco tirar do meu peito e jogar no mundo. Mas palavras sujam menos, palavras dão menos trabalho, palavras são mais concretas e menos fiéis.
Mas palavras são tudo que tenho e por este motivo acabo, as vezes, até mesmo dando as valor que transbordam o valor que realmente vejo nelas. Falo das palavras, e continuo a falar das palavras, na tentativa de sabotar meu próprio propósito de falar do que realmente quero colocar pra fora, ou talvez de conseguir fazê-lo sair...
Sim, é isto que estou a fazer, não estou me enganando ou enrolando a qualquer par de olhos que possam estar a ler, estou na verdade tentado fazer sair o que está aqui mas ainda não tem forma verbal. Para tanto preciso tempo, preciso espaço, preciso desprecisar.
Sinto que de alguma forma quero dizer do amor, sinto também que quero falar do como se ama, e das coisas que o amor trás dentro de fora da gente... Sei quero falar do ato de casar-se, sei que quero dizer desses sentimentos ambíguos e caóticos que trago no peito e na construção social quanto à este significativo rito de passagem que é o casamento. Sinto que quero colocar pra fora... quero cuspir, ou talvez virar do avesso e observar o que se passa dentro.
Mas a essa altura já vou desistindo, estivesse eu pronto para colocar pra fora por escrito, certamente, já teria saído.
Todas as pessoas sentem. Mas algumas respiram o que sentem, outras mastigam, outras cospem, e algumas até vomitam ou mesmo nadam em seus sentimentos. Não. Todas as pessoas são um todo de complexidade, seus sentimentos universo da complexidade dentro do complexo. Qualquer tentativa de definição racional se faz reducionista, tanto quanto se reduzida a capacidade de controle do homem diante de toda a complexidade que rege a bela sincronia perfeita e abundante da vida!
Cheguei a construir títulos que fizessem caber o discurso de mim, e agora chego ao ponto de necessitar livrar-me deles, transpor-los, transcendê-los.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Fazendo As Malas
Você já se vai, apesar dessa minha sensação de que mal chegou! Como pode ser esse "até logo" se antes o abraço aconchegante do "seja bem-vindo" não chegou a ser sentido?
Como à todos, eu tenho vivido esse luto frente à despedida. Distante despedida. Calada despedida. Contida despedida, como a grande parte do muito que nos rodeou. Mas o luto mais difícil que venho vivendo não tem sido o do que deixará de ser, mas sim o que nunca chegou a se concretizar no 'ser'.
Podíamos ter sido tantas coisas, podíamos ter sido tão mais, tão melhor, mas fomos apenas o que fomos. Na nossa história vivemos mais brigas que confidências, torcemos mais o nariz do que se estendemos os braços, usamos muito mais do silêncio educado que da discussão. Tudo isso foi mais do que fomos, mas nunca apenas.
Vou olhando pra trás e aceitando que fomos o que fomos, e que agora somos algo outro que ainda não sei definir. Neste momento olho pra trás e tento lembrar apenas de tudo que em menos quantidade fomos. Daquelas raras conversas banhadas a altas gargalhadas, daqueles conselhos desencontrados mas que não se calaram, dos abraços mudos, mas cheios de bom afeto, das conversas de cumplicidade faladas naquele nosso inglês de passarinho novo.
A partir deste "até logo" não sei exatamente como as coisas seguirão, o que sei dizer com toda certeza é que esse amor que nos une sempre foi maior que todas as nossas muitas diferenças, nunca deixando sermos indiferentes uma a outra. A proximidade talvez tenha nos distanciado um bocado, a diferença quando muito próxima pode ser um pouco difícil de lidar, e quem sabe esse bocado de distância não irá nos aproximar bastante.
Sinto saudades do que nunca fomos, sinto saudades do que fomos, e incrivelmente otimista sinto saudades do que seremos!
Te amo, Sis.
Como à todos, eu tenho vivido esse luto frente à despedida. Distante despedida. Calada despedida. Contida despedida, como a grande parte do muito que nos rodeou. Mas o luto mais difícil que venho vivendo não tem sido o do que deixará de ser, mas sim o que nunca chegou a se concretizar no 'ser'.
Podíamos ter sido tantas coisas, podíamos ter sido tão mais, tão melhor, mas fomos apenas o que fomos. Na nossa história vivemos mais brigas que confidências, torcemos mais o nariz do que se estendemos os braços, usamos muito mais do silêncio educado que da discussão. Tudo isso foi mais do que fomos, mas nunca apenas.
Vou olhando pra trás e aceitando que fomos o que fomos, e que agora somos algo outro que ainda não sei definir. Neste momento olho pra trás e tento lembrar apenas de tudo que em menos quantidade fomos. Daquelas raras conversas banhadas a altas gargalhadas, daqueles conselhos desencontrados mas que não se calaram, dos abraços mudos, mas cheios de bom afeto, das conversas de cumplicidade faladas naquele nosso inglês de passarinho novo.
A partir deste "até logo" não sei exatamente como as coisas seguirão, o que sei dizer com toda certeza é que esse amor que nos une sempre foi maior que todas as nossas muitas diferenças, nunca deixando sermos indiferentes uma a outra. A proximidade talvez tenha nos distanciado um bocado, a diferença quando muito próxima pode ser um pouco difícil de lidar, e quem sabe esse bocado de distância não irá nos aproximar bastante.
Sinto saudades do que nunca fomos, sinto saudades do que fomos, e incrivelmente otimista sinto saudades do que seremos!
Te amo, Sis.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
A morte do Tempo
TIC TAC ..TIC TAC.. TIC TAC....
TIC TAc..Tac..tac....ta c...t a c.....
ta...... t a............. t.......... t.....
.......................................
______________
_ Caara, o tempo morreu!!! Você ficou sabendo?
_ Não brinca, amigo!! É sério? Como assim?!
_ Estou lhe dizendo. O tempo morreu, Cara! Ouvi no noticiário da rádio.Ninguém sabe exatamente quando ou como, muitos disseram que a algum tempo ele andava visitando os hospitais em internações longas e que sua morte era de certa forma até prevista, e até que talvez ele tenha se suicidado, mas não se sabe ao certo se algo disto é verídico. Fato é que ele morreu e agora todos aguardam o resultado da autópsia para saber o que causou sua morte.
_ (silêncio) Estou chocado! Poxa, o tempo era tão bom... Todos sempre falaram tão bem dele. Você se lembra como ele costumava curar tudo, como costumava ser o único capaz de reverter fortes desilusões na vida, como ele era precioso e todos tentavam a todo custo preservá-lo?
_ Pois é.. Também estou atônito com essa notícia. Mas sabe, pensando aqui agora, acho que essa fase que as pessoas começaram a tentar preservá-lo foi bem quando ele começou a se enfraquecer, hein! ... quer dizer, claro que assumindo que aquela história de que ele passou por um período de adoecimento foi mesmo real ,né?!
_ É, amigô, acho que você tem razão! Vamos esperar sair o resultado da perícia, né, mas... agora que você falou, fiquei pensando também e acho que é bem provável que o tempo não tenha se matado, nem adoecido. Por mim ele foi é assassinado mesmo!
_ Como assim, cara?? Os policias não descartaram essa possibilidade mas disseram ser pouquíssimo provável, e eu concordo... Fala sério?! Por que acha que ele foi assassinado? Quem iria querer assassinar um cara tão bacana como o tempo??
_ Vc já ouviu falar do tal do Neoliberalismo? Aquele, que é filho do liberalismo, neto daquele casal mais rico da família do industrialismo?
_ Ah, sim! Sei... Mas o que teria a ver o Neoliberalismo com o tempo, ainda mais para ter motivo para matá-lo?
_ É, meu amigo, parece que você sabe, mas sabe pouco sobre essa família! Eles foram por muito tempo considerados das melhores famílias reais que já existiu, mas de uns tempos para cá as calamidades causadas por este último filho prodígio e mimado tem se revelado cada vez mais pesadas. Acho que ele deixou o poder subir a cabeça e passou a agir sem considerar muito as questões humanitárias da vida. Ele se perdeu no poder, e acho que o Tempo andava atrapalhando o processo dele de exploração.
_ Como assim? Ainda não entendi. Por que o Tempo o estaria atrapalhando e por que seria necessário matá-lo?
_ Talvez o Neoliberalismo tenha observado que a ausência do Tempo nos lugares era algo positivo para seus negócios porque levava as pessoas a uma maior alienação uma vez que perdiam o contato com seu eu mais profundo ao se perder nas suas obrigações. O Tempo, quando era presente ele promovia conflitos internos, e questionamentos que sempre levavam a grandes ou pequenas revoltas, e essas revoltas elas acabavam promovendo a autonomia que é justamente o que o Neoliberalismo tanto defende como ideal, mas tanto teme e oprime na realidade!
_ Nossa! Preciso mesmo saber mais deste tal Cara aí. Como pode um alguém ser tão incoerente assim?!
_ Incoerente?? Não! Para mim isso tem outro nome: Perversão! Esse Neoliberalismo é um perverso! A busca dele não tem fim, e certamente essa morte do Tempo deve ter tudo a ver com ele. Ele é muito influente! Suas políticas adentram as casas e mentes das pessoas e elas passam a facilmente agir por seu controle, acreditando que estão agindo em benefício próprio enquanto apenas servem a ele. O Tempo era um dos únicos com força e influencia que se prestavam contra o Neoliberalismo assumidamente. Esse posicionamento pelo jeito custou muito caro, agora ele está morto e tudo que nos restará será a saudade de quando tínhamos o Tempo conosco!
_ Pois é, isso concordo. Sentirei muita falta do tempo, saber da ausência dele me faz doer uma dor muda! Na verdade já me dói.
_ Melhor nem pensar nisso, meu amigo! Nosso horário de almoço logo acaba, nem dará tempo de terminar de comer de tanto que falamos da morte do Tempo. Aliás...Estamos atrasados, vamos logo se não perderemos o dia de trabalho!
_ Nossa!! É verdade! Nem notei como se passaram rapidamente as horas!
_ Corre, cara! Larga esse prato aí e vamos fazer o que nos é obrigação! Depois do trabalho temos academia, não se esqueça, não podemos ficar parado que isso é doença!
_ Opa, pode deixar... Aí quem sabe não vemos no noticiário da academia alguma noticia nova sobre a morte do Tempo.
_ Opa! Com certeza...
"Neoliberalismo é acusado de assassinato por envenenamento letal da grande figura política da atualidade, o Tempo"
_ Pois é, não disse? Ele foi mesmo assassinado!
_ Desculpa, cara. Tenho que fazer uma ligação, porque as horas estão voando...
_ Vai lá, amigo. A gente se fala quando der, também estou na correria.
_ Falou! Até.
Funeral
Tomei a liberdade de escrever essas palavras de despedida livremente, peço desculpas aos demais pela simplicidade, mas garanto que é com toda emoção!
O Tempo morreu! Restou o silêncio profundo refletido nos olhos vazios de mentes cheias, de bocas vagas, de olhares desatentos, de paladares viciados, de atos... de ruídos. Restou o silêncio de milhões de palavras, o silêncio de atos, o silêncio de ruídos.
O Tempo foi morto! E restou sua falta, sua falta que preenche de bolhas de ar o lugar do questionamento, o lugar da angustia existencial, o lugar do lugar desocupado no ser!
O Tempo se foi! Mas ainda nos resto os grandes ensinamentos que ele nos deixou. E para aqueles que o tem apreço, que possam eternizar ao Tempo, não deixando as próximas gerações se esquecerem da sua importância histórica, nem dos seus grandes feitos! O Tempo um dia existiu, e em nossos corações sempre existirá! Amém.
TIC TAc..Tac..tac....ta c...t a c.....
ta...... t a............. t.......... t.....
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_ Caara, o tempo morreu!!! Você ficou sabendo?
_ Não brinca, amigo!! É sério? Como assim?!
_ Estou lhe dizendo. O tempo morreu, Cara! Ouvi no noticiário da rádio.Ninguém sabe exatamente quando ou como, muitos disseram que a algum tempo ele andava visitando os hospitais em internações longas e que sua morte era de certa forma até prevista, e até que talvez ele tenha se suicidado, mas não se sabe ao certo se algo disto é verídico. Fato é que ele morreu e agora todos aguardam o resultado da autópsia para saber o que causou sua morte.
_ (silêncio) Estou chocado! Poxa, o tempo era tão bom... Todos sempre falaram tão bem dele. Você se lembra como ele costumava curar tudo, como costumava ser o único capaz de reverter fortes desilusões na vida, como ele era precioso e todos tentavam a todo custo preservá-lo?
_ Pois é.. Também estou atônito com essa notícia. Mas sabe, pensando aqui agora, acho que essa fase que as pessoas começaram a tentar preservá-lo foi bem quando ele começou a se enfraquecer, hein! ... quer dizer, claro que assumindo que aquela história de que ele passou por um período de adoecimento foi mesmo real ,né?!
_ É, amigô, acho que você tem razão! Vamos esperar sair o resultado da perícia, né, mas... agora que você falou, fiquei pensando também e acho que é bem provável que o tempo não tenha se matado, nem adoecido. Por mim ele foi é assassinado mesmo!
_ Como assim, cara?? Os policias não descartaram essa possibilidade mas disseram ser pouquíssimo provável, e eu concordo... Fala sério?! Por que acha que ele foi assassinado? Quem iria querer assassinar um cara tão bacana como o tempo??
_ Vc já ouviu falar do tal do Neoliberalismo? Aquele, que é filho do liberalismo, neto daquele casal mais rico da família do industrialismo?
_ Ah, sim! Sei... Mas o que teria a ver o Neoliberalismo com o tempo, ainda mais para ter motivo para matá-lo?
_ É, meu amigo, parece que você sabe, mas sabe pouco sobre essa família! Eles foram por muito tempo considerados das melhores famílias reais que já existiu, mas de uns tempos para cá as calamidades causadas por este último filho prodígio e mimado tem se revelado cada vez mais pesadas. Acho que ele deixou o poder subir a cabeça e passou a agir sem considerar muito as questões humanitárias da vida. Ele se perdeu no poder, e acho que o Tempo andava atrapalhando o processo dele de exploração.
_ Como assim? Ainda não entendi. Por que o Tempo o estaria atrapalhando e por que seria necessário matá-lo?
_ Talvez o Neoliberalismo tenha observado que a ausência do Tempo nos lugares era algo positivo para seus negócios porque levava as pessoas a uma maior alienação uma vez que perdiam o contato com seu eu mais profundo ao se perder nas suas obrigações. O Tempo, quando era presente ele promovia conflitos internos, e questionamentos que sempre levavam a grandes ou pequenas revoltas, e essas revoltas elas acabavam promovendo a autonomia que é justamente o que o Neoliberalismo tanto defende como ideal, mas tanto teme e oprime na realidade!
_ Nossa! Preciso mesmo saber mais deste tal Cara aí. Como pode um alguém ser tão incoerente assim?!
_ Incoerente?? Não! Para mim isso tem outro nome: Perversão! Esse Neoliberalismo é um perverso! A busca dele não tem fim, e certamente essa morte do Tempo deve ter tudo a ver com ele. Ele é muito influente! Suas políticas adentram as casas e mentes das pessoas e elas passam a facilmente agir por seu controle, acreditando que estão agindo em benefício próprio enquanto apenas servem a ele. O Tempo era um dos únicos com força e influencia que se prestavam contra o Neoliberalismo assumidamente. Esse posicionamento pelo jeito custou muito caro, agora ele está morto e tudo que nos restará será a saudade de quando tínhamos o Tempo conosco!
_ Pois é, isso concordo. Sentirei muita falta do tempo, saber da ausência dele me faz doer uma dor muda! Na verdade já me dói.
_ Melhor nem pensar nisso, meu amigo! Nosso horário de almoço logo acaba, nem dará tempo de terminar de comer de tanto que falamos da morte do Tempo. Aliás...Estamos atrasados, vamos logo se não perderemos o dia de trabalho!
_ Nossa!! É verdade! Nem notei como se passaram rapidamente as horas!
_ Corre, cara! Larga esse prato aí e vamos fazer o que nos é obrigação! Depois do trabalho temos academia, não se esqueça, não podemos ficar parado que isso é doença!
_ Opa, pode deixar... Aí quem sabe não vemos no noticiário da academia alguma noticia nova sobre a morte do Tempo.
_ Opa! Com certeza...
"Neoliberalismo é acusado de assassinato por envenenamento letal da grande figura política da atualidade, o Tempo"
_ Pois é, não disse? Ele foi mesmo assassinado!
_ Desculpa, cara. Tenho que fazer uma ligação, porque as horas estão voando...
_ Vai lá, amigo. A gente se fala quando der, também estou na correria.
_ Falou! Até.
Funeral
Tomei a liberdade de escrever essas palavras de despedida livremente, peço desculpas aos demais pela simplicidade, mas garanto que é com toda emoção!
O Tempo morreu! Restou o silêncio profundo refletido nos olhos vazios de mentes cheias, de bocas vagas, de olhares desatentos, de paladares viciados, de atos... de ruídos. Restou o silêncio de milhões de palavras, o silêncio de atos, o silêncio de ruídos.
O Tempo foi morto! E restou sua falta, sua falta que preenche de bolhas de ar o lugar do questionamento, o lugar da angustia existencial, o lugar do lugar desocupado no ser!
O Tempo se foi! Mas ainda nos resto os grandes ensinamentos que ele nos deixou. E para aqueles que o tem apreço, que possam eternizar ao Tempo, não deixando as próximas gerações se esquecerem da sua importância histórica, nem dos seus grandes feitos! O Tempo um dia existiu, e em nossos corações sempre existirá! Amém.
domingo, 15 de setembro de 2013
Queria tanto Dis'pensar'
Ela: _ Que filme é esse?
Eu: _ Na chamada fala algo do tipo: "quando o encontro com o inconsciente leva a perder o contato com o que é real"
Falei do filme sem perceber que falava de mim!! Não foi a toa meu instantâneo desconforto após a frase. Tão instantâneo quanto a minha rápida justificativa não verbal com imagens do filme que me remeteram a sensação de que o desconforto era simples ansiedade dada pela expectativa em ver o filme!
Cinco dias sem entrar na internet, muitos meses me perdendo no tempo e espaço real, aulas perdidas, planejamentos frustados, desejos sabotados por uma mente que parece flutuar na realidade pouquíssimo concreta enquanto ainda perdida na realidade ilusória do 'eu'.
Eu.. como me senti tomada pelo anunciar daquele filme. Aquele, que me mostrou em imagens cortadas e de maneira mais dramatizada, concreta e pesada o drama, o cimento e o peso que talvez carrego em mim e sequer dou-me conta.
Não dar-se conta é mais grave que a dor da luz em olhos acostumados com o escuro, pois este primeiro faz-nos escravos das nossas ilusões.
Talvez eu ande presa em minhas ilusões, ou talvez ande olhando pra luz, sentido a dor, e querendo desesperadamente serrar os olhos novamente.
"Nascer dói! Mas, amiga, você está nascendo! Parabéns!!! Estou achando lindo esse seu processo de descobrimento, de reencontro com a sua verdade, e dessa força que está emergindo e te permitindo ser-te de fato no mundo"
Eu disse a ela sem perceber o quanto de mim mesma deixei sair naquela frase! Mas qual o preço desse processo de nascimento existencial autêntico que sinto ter estado enfrentado? Na verdade o preço tenho pagado todo ele... Minha real grande questão é "até quando?"
Sempre me achei torta no mundo, de repente o mundo me fez torta, fui entendo minhas não linearidades e tendo condições de ver muito do descompasso do real. Nesse movimento insano do que se é de dentro, de fora, real, irreal, e de tudo que transpassa, une e separa os polos que poderiam gerar equilíbrio, me encontro eu, ainda sem entender direito como tudo funciona, ainda sem perceber que o solo é firme, que meus pés estão bem calçados e que agora já posso correr livre.
Eu: _ Na chamada fala algo do tipo: "quando o encontro com o inconsciente leva a perder o contato com o que é real"
Falei do filme sem perceber que falava de mim!! Não foi a toa meu instantâneo desconforto após a frase. Tão instantâneo quanto a minha rápida justificativa não verbal com imagens do filme que me remeteram a sensação de que o desconforto era simples ansiedade dada pela expectativa em ver o filme!
Cinco dias sem entrar na internet, muitos meses me perdendo no tempo e espaço real, aulas perdidas, planejamentos frustados, desejos sabotados por uma mente que parece flutuar na realidade pouquíssimo concreta enquanto ainda perdida na realidade ilusória do 'eu'.
Eu.. como me senti tomada pelo anunciar daquele filme. Aquele, que me mostrou em imagens cortadas e de maneira mais dramatizada, concreta e pesada o drama, o cimento e o peso que talvez carrego em mim e sequer dou-me conta.
Não dar-se conta é mais grave que a dor da luz em olhos acostumados com o escuro, pois este primeiro faz-nos escravos das nossas ilusões.
Talvez eu ande presa em minhas ilusões, ou talvez ande olhando pra luz, sentido a dor, e querendo desesperadamente serrar os olhos novamente.
"Nascer dói! Mas, amiga, você está nascendo! Parabéns!!! Estou achando lindo esse seu processo de descobrimento, de reencontro com a sua verdade, e dessa força que está emergindo e te permitindo ser-te de fato no mundo"
Eu disse a ela sem perceber o quanto de mim mesma deixei sair naquela frase! Mas qual o preço desse processo de nascimento existencial autêntico que sinto ter estado enfrentado? Na verdade o preço tenho pagado todo ele... Minha real grande questão é "até quando?"
Sempre me achei torta no mundo, de repente o mundo me fez torta, fui entendo minhas não linearidades e tendo condições de ver muito do descompasso do real. Nesse movimento insano do que se é de dentro, de fora, real, irreal, e de tudo que transpassa, une e separa os polos que poderiam gerar equilíbrio, me encontro eu, ainda sem entender direito como tudo funciona, ainda sem perceber que o solo é firme, que meus pés estão bem calçados e que agora já posso correr livre.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Nega as amarras relacionais e segue em frente. Faz se força de muralha e desfaz sentimento. Se priva do sabor doce a fim da manutenção do que te mantêm seguro. Pare os projetos insanos em nome dos que te iluminaram. Não deixem saberem, mas também não negue, aprenda a conviver com sombra e paranoia.
Cuidado, pode secar a fonte. Cuidado, pois não beber faz ter sede. Cuidado, talvez não precisa de tanto cuidar.
Cuidado, pode secar a fonte. Cuidado, pois não beber faz ter sede. Cuidado, talvez não precisa de tanto cuidar.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Olá, Palavras
Palavras nunca foram minha matéria-prima favorita. Ela tem material até flexível quanto as diversidade de composições que podem se dar a partir da união e separação de suas camadas, chamadas letras, porém uma vez que camadas são compostas o todo se torna demasiado rígido na sua definição, permitindo raramente um desprendimento de sua forma previamente determinada, além da sua quase que determinada posição dentro da obra inteira, rigidamente ditada por regras gramaticais cheias de exceções, que por vezes tão complexas e rígidas que chegam a assemelharem-se com formulas matemáticas.
Arrisco dizer que para arte que é criar na vida, as palavras são das mais arredias das matérias-primas! Mas eu que nunca fui dada a ser entregue ao medo despertado pelo desafio, mesmo achando esse tipo de arte infinitamente restrita em comparação a arte não verbal, me entreguei a arriscada tentativa de me fazer expressar por este meio.
Risco corrido, risco vivido, risco riscado. E como risquei minhas escritas e as leituras daqueles que me leram com meus erros e minhas discordâncias, todas concordadas comigo, todas concordadas em mim. Me permito o despermitido, e navego no mar daquilo que só a mim tem graça e cor. Por momentos, me desprendo de minhas amarras, das minhas dores, dos meus amores, e me faço barca de asas.
Eu voo, eu vou, mais longe que imagino querer, dispersa no que posso ver, sentir e ouvir. Unindo sílabas não silábicas, destruindo metáforas metafísicas, reinventando o ininventado, chorando o riso preso nos olhos tristes, sorrindo o brilho contagiante das orelhas erguidas, sonhando o melhor, pensando que meu sonho é real, fugindo da moldura na tentativa de poder ser verdadeiro, porque a verdade é muito dura e mata a voz de quem não tem pandeiro pra gritar com música.
Me despeço das palavras, agradecendo a grandeza delas, a amo e a cada dia mais, palavras lindas que levarei sempre um punhado nos bolsos, mas ainda assim me despeço por lembrar-me que tenho outras formas menos enformadas para me expressar. Que me aguarde e bem me receba a dança, a aquarela, e o se misturar!
Arrisco dizer que para arte que é criar na vida, as palavras são das mais arredias das matérias-primas! Mas eu que nunca fui dada a ser entregue ao medo despertado pelo desafio, mesmo achando esse tipo de arte infinitamente restrita em comparação a arte não verbal, me entreguei a arriscada tentativa de me fazer expressar por este meio.
Risco corrido, risco vivido, risco riscado. E como risquei minhas escritas e as leituras daqueles que me leram com meus erros e minhas discordâncias, todas concordadas comigo, todas concordadas em mim. Me permito o despermitido, e navego no mar daquilo que só a mim tem graça e cor. Por momentos, me desprendo de minhas amarras, das minhas dores, dos meus amores, e me faço barca de asas.
Eu voo, eu vou, mais longe que imagino querer, dispersa no que posso ver, sentir e ouvir. Unindo sílabas não silábicas, destruindo metáforas metafísicas, reinventando o ininventado, chorando o riso preso nos olhos tristes, sorrindo o brilho contagiante das orelhas erguidas, sonhando o melhor, pensando que meu sonho é real, fugindo da moldura na tentativa de poder ser verdadeiro, porque a verdade é muito dura e mata a voz de quem não tem pandeiro pra gritar com música.
Me despeço das palavras, agradecendo a grandeza delas, a amo e a cada dia mais, palavras lindas que levarei sempre um punhado nos bolsos, mas ainda assim me despeço por lembrar-me que tenho outras formas menos enformadas para me expressar. Que me aguarde e bem me receba a dança, a aquarela, e o se misturar!
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Again
1ce again it's the very same thing
I challenge the world and the world challenges me
'I've finally gotten 2 a different point' I think
Instead, reality shows itself as pretty much the same
I'm sick of it all, sick of myself
Sick of searching 4 changes
In a way that does'n help
I challenge the world and the world challenges me
'I've finally gotten 2 a different point' I think
Instead, reality shows itself as pretty much the same
I'm sick of it all, sick of myself
Sick of searching 4 changes
In a way that does'n help
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Palavras faltam pra falar da falta. Continuam a faltar para falar dessa completude.
Sobram suspiros, sorrisos, olhares meus que se perdem nos seus como nunca se perderam em nenhum outro. Se perdem enquanto se sentem encontrados, encaixados. Não posso disfarçar o brilho que me toma não apenas o olhar, a áurea. Do sorriso bobo nem comentarei, dele não tenho muito orgulho, não por ser tortinho (pois até esse detalhe seu 'eu' tão você tornou um detalhe meio que nosso) mas por ele ser tão seu quando estou perto de ti que sequer consigo desfazê-lo. Ele começa e sai do meu controle, fica lá enfeitando meu rosto pela metade e se recusando a ir embora.
Apesar de não gostar desse sorriso insistente, adoro sua reação quando reclamo dele! Caramba, como tem coisas em você que eu adoro! A cada minuto que vou passando ao seu lado, cada detalhe seu que se deixa revelar, cada explicação teórica e hiper contextualizada sua para se deixar revelar um traço, que talvez lhe pareça um pouco mais frágil, me faz brilhar os olhos por estar tendo o prazer de dividir essa experiência maluca que é a vida com você. Poder saber desses seus detalhes, te ter assim tão pertinho, me faz maior, me faz melhor,e torna o mundo mais doce.
Ah, como me faltam palavras, e como me sobram sentimentos. Como me falta tempo, e como me sobra saudade! Ah, que sorte tenho eu! Sorte em estar compartilhando toda essa sobra e essa falta que compõe a vida. Sorte doce, doce sorte! Doce como tudo que rodeia as Nossas sobras e Nossas faltas!
Das muitas coisas a serem ditas uma delas que me parecem não faltar e nem sobrar são essas, que, muitas vezes, me tomam a boca e se jogam para fora de mim, na mais pura intenção de te alcançar: "Eu Te Amo".
Sobram suspiros, sorrisos, olhares meus que se perdem nos seus como nunca se perderam em nenhum outro. Se perdem enquanto se sentem encontrados, encaixados. Não posso disfarçar o brilho que me toma não apenas o olhar, a áurea. Do sorriso bobo nem comentarei, dele não tenho muito orgulho, não por ser tortinho (pois até esse detalhe seu 'eu' tão você tornou um detalhe meio que nosso) mas por ele ser tão seu quando estou perto de ti que sequer consigo desfazê-lo. Ele começa e sai do meu controle, fica lá enfeitando meu rosto pela metade e se recusando a ir embora.
Apesar de não gostar desse sorriso insistente, adoro sua reação quando reclamo dele! Caramba, como tem coisas em você que eu adoro! A cada minuto que vou passando ao seu lado, cada detalhe seu que se deixa revelar, cada explicação teórica e hiper contextualizada sua para se deixar revelar um traço, que talvez lhe pareça um pouco mais frágil, me faz brilhar os olhos por estar tendo o prazer de dividir essa experiência maluca que é a vida com você. Poder saber desses seus detalhes, te ter assim tão pertinho, me faz maior, me faz melhor,e torna o mundo mais doce.
Ah, como me faltam palavras, e como me sobram sentimentos. Como me falta tempo, e como me sobra saudade! Ah, que sorte tenho eu! Sorte em estar compartilhando toda essa sobra e essa falta que compõe a vida. Sorte doce, doce sorte! Doce como tudo que rodeia as Nossas sobras e Nossas faltas!
Das muitas coisas a serem ditas uma delas que me parecem não faltar e nem sobrar são essas, que, muitas vezes, me tomam a boca e se jogam para fora de mim, na mais pura intenção de te alcançar: "Eu Te Amo".
Minha Caça à Palavras
Olho para o quadrado de letras soltas e embaralhadas. O objetivo é encontrar as palavras listadas acima! Um exercício simplório que por maior parte da vida julgava-me veloz e esperta sua resolução. Exercício feito, porém, sem a companhia dos demais... Eis que um dia arrisquei fazer ao lado de alguém e percebi a minha lerdeza bastante significativa em comparação com os outros. Posteriormente percebi também que eu tinha uma certa facilidade de encontrar as palavras que eram organizadas de trás para frente no quadro de letras, ou seja, aquelas que vinham da direita para a esquerda, ou baixo para cima, ou da direita inferior para a esquerda superior.
Minha recente descoberta quanto a minha lerdeza me deixou muito surpresa. Nesse mundo onde velocidade e desempenho são a garantia do ouro em toda e qualquer situação de resolução de problema que automaticamente, competição, logo de cara me identifiquei como a tal 'looser' e passei a simplesmente sair do foco. Se não fosse vista, talvez não competiriam comigo, e eu poderia ser 'looser', mas ser no meu tempo; Talvez a vida fosse mais fácil desta maneira.
Nunca mais consegui me convencer porém da minha velocidade, nem do desempenho. Passei, ao contrário, a desconfiar de todo aparente bom desempenho, como se cada vez que eu me sentisse bem por ter concretizado algo, aquilo automaticamente perdia valor, pois certamente não tivera sido suficientemente bom como pensado ou sentido inicialmente.
Passei um bom tempo neste lugar escondido, desviando de qualquer foco de luz que buscasse me mostrar, pois junto a mim mostraria a 'lerdeza' mostraria as minhas palavras erradas, mostraria a minha memória falha.
Com o tempo comecei a perceber quantas outras pessoas mantinham a mesma postura por motivos similares ou, as vezes, até por motivos que eu julgava, em rompantes de egocentrismo, que se comigo não seriam tão grandiosos. Percebi também que havia aqueles que tinham as mesmas questões que eu, e que muitos outros. Questões, porém, que não os impediam do que quer que fosse. Essas pessoas se expunham e a maioria das vezes conseguiam maquiar essas suas dificuldades. Elas maquiavam bem, simplesmente dando mais foco aquilo que não lhes era falho.
Eis que me questionei "Por que motivo não faço eu o mesmo?"
Como eu queria fazer o mesmo, e de certa maneira ainda quero. Mas porque devo eu ceder ao mundo, quando o mundo me parece todo errado? Por que teria eu que me apresentar sem falhas, quando todos ao redor falham tanto quanto eu em diferentes aspectos? Se todos falham, devo então ter algum ponto forte, assim como todos têm. E quais seriam eles?
Voltei para as palavras cruzadas. Sentei peguei o lápis e fui fazendo... Após alguns minutos me atentei para algo muito interessante: Eu organizava a busca por cada palavra individualmente, repetia um padrão tático de busca de palavra que me permitia achar as palavras mesmo quando elas estavam numa organização contrária ao padrão encontrado na nossa língua (cima-baixo, esquerda-direita). Mas esse padrão se dava depois de algumas palavras já encontradas, essas palavras eram achadas num jogar de olhos pelo quadro, que me fazia perceber a repetição de certas letras uma ao lado da outra, e que geralmente era uma dica de que ali havia alguma palavra, ou seja, se fazia de maneira muito mais intuitiva.
Conclui que aprendera tais sistematizações que me permitiam solucionar o tal problema somente por que tinha a tal dificuldade com todas aquelas letrinhas embaralhadas a minha frente, no meu caso a intuição era pouco, a dificuldade se fazia impedimento. Penso que muitas pessoas sistematizem também a maneira de buscar pelas letras no quadro mesmo sem ter a tal dificuldade. Porém a questão aqui não era mais ter uma vantagem ou habilidade única, era sim perceber que mesmo na dificuldade as habilidades surgem, e algumas vezes podem até se destacar.
Comparação inevitável me veio a tona: A minha vida pode ser como esse quadro de letras! O problemas é que até então eu tenho vivido apenas como nos primeiros minutos que busco por palavras olhando o quadro num todo e percebendo dicas que me levam a achar algumas palavras. Nesse esquema tenho sido lenta, e portanto, a única coisa que tenho visto tem sido o meu baixo rendimento na vida.
Me sinto sedenta por riscar as palavras listadas acima, me sinto sedenta por realizar muito mais, mas continuo aqui procurando as grandes realizações por meio do meu famoso 'deixa a vida me levar' que acaba deixando minhas cegueiras com muito mais força sobre mim.
Logo, a solução me parece simples: Devo aprender a buscar o que eu quero com organização e determinação. Sei que acharei uma maneira. Não sei o porque insisto em tentar encontrar meios mais tranquilos, quando todas as palavras que eu podia encontrar já foram encontradas. As palavras que faltam para eu acabar está página e ir para a próxima são justamente aquelas que estão no oposto do óbvio e que não encontrarei caso não me melhore na busca por elas!
Minha recente descoberta quanto a minha lerdeza me deixou muito surpresa. Nesse mundo onde velocidade e desempenho são a garantia do ouro em toda e qualquer situação de resolução de problema que automaticamente, competição, logo de cara me identifiquei como a tal 'looser' e passei a simplesmente sair do foco. Se não fosse vista, talvez não competiriam comigo, e eu poderia ser 'looser', mas ser no meu tempo; Talvez a vida fosse mais fácil desta maneira.
Nunca mais consegui me convencer porém da minha velocidade, nem do desempenho. Passei, ao contrário, a desconfiar de todo aparente bom desempenho, como se cada vez que eu me sentisse bem por ter concretizado algo, aquilo automaticamente perdia valor, pois certamente não tivera sido suficientemente bom como pensado ou sentido inicialmente.
Passei um bom tempo neste lugar escondido, desviando de qualquer foco de luz que buscasse me mostrar, pois junto a mim mostraria a 'lerdeza' mostraria as minhas palavras erradas, mostraria a minha memória falha.
Com o tempo comecei a perceber quantas outras pessoas mantinham a mesma postura por motivos similares ou, as vezes, até por motivos que eu julgava, em rompantes de egocentrismo, que se comigo não seriam tão grandiosos. Percebi também que havia aqueles que tinham as mesmas questões que eu, e que muitos outros. Questões, porém, que não os impediam do que quer que fosse. Essas pessoas se expunham e a maioria das vezes conseguiam maquiar essas suas dificuldades. Elas maquiavam bem, simplesmente dando mais foco aquilo que não lhes era falho.
Eis que me questionei "Por que motivo não faço eu o mesmo?"
Como eu queria fazer o mesmo, e de certa maneira ainda quero. Mas porque devo eu ceder ao mundo, quando o mundo me parece todo errado? Por que teria eu que me apresentar sem falhas, quando todos ao redor falham tanto quanto eu em diferentes aspectos? Se todos falham, devo então ter algum ponto forte, assim como todos têm. E quais seriam eles?
Voltei para as palavras cruzadas. Sentei peguei o lápis e fui fazendo... Após alguns minutos me atentei para algo muito interessante: Eu organizava a busca por cada palavra individualmente, repetia um padrão tático de busca de palavra que me permitia achar as palavras mesmo quando elas estavam numa organização contrária ao padrão encontrado na nossa língua (cima-baixo, esquerda-direita). Mas esse padrão se dava depois de algumas palavras já encontradas, essas palavras eram achadas num jogar de olhos pelo quadro, que me fazia perceber a repetição de certas letras uma ao lado da outra, e que geralmente era uma dica de que ali havia alguma palavra, ou seja, se fazia de maneira muito mais intuitiva.
Conclui que aprendera tais sistematizações que me permitiam solucionar o tal problema somente por que tinha a tal dificuldade com todas aquelas letrinhas embaralhadas a minha frente, no meu caso a intuição era pouco, a dificuldade se fazia impedimento. Penso que muitas pessoas sistematizem também a maneira de buscar pelas letras no quadro mesmo sem ter a tal dificuldade. Porém a questão aqui não era mais ter uma vantagem ou habilidade única, era sim perceber que mesmo na dificuldade as habilidades surgem, e algumas vezes podem até se destacar.
Comparação inevitável me veio a tona: A minha vida pode ser como esse quadro de letras! O problemas é que até então eu tenho vivido apenas como nos primeiros minutos que busco por palavras olhando o quadro num todo e percebendo dicas que me levam a achar algumas palavras. Nesse esquema tenho sido lenta, e portanto, a única coisa que tenho visto tem sido o meu baixo rendimento na vida.
Me sinto sedenta por riscar as palavras listadas acima, me sinto sedenta por realizar muito mais, mas continuo aqui procurando as grandes realizações por meio do meu famoso 'deixa a vida me levar' que acaba deixando minhas cegueiras com muito mais força sobre mim.
Logo, a solução me parece simples: Devo aprender a buscar o que eu quero com organização e determinação. Sei que acharei uma maneira. Não sei o porque insisto em tentar encontrar meios mais tranquilos, quando todas as palavras que eu podia encontrar já foram encontradas. As palavras que faltam para eu acabar está página e ir para a próxima são justamente aquelas que estão no oposto do óbvio e que não encontrarei caso não me melhore na busca por elas!
domingo, 1 de setembro de 2013
6 AM from a nightclub
It's funny how I the only place I wish I could be right now were right there by your side, sharing this pain of yours that in a very small part, but still, is somehow a bit mine. I've gone to noise places, danced until getting my clothes wet, seen nice smiles all around, and still I'd rather be trying to dry your tears!
It's funny how love hurts sometimes, and I'm not talking about my love for you, I'm talking about your family's love for you that has somehow put me apart of all that is the biggest thing in your life that is "them".
It hurts not being able to be there, It hurts not being able to be more. But still, from far, I wish the bests and I wait for you, I'm waiting for you.
It's funny how love hurts sometimes, and I'm not talking about my love for you, I'm talking about your family's love for you that has somehow put me apart of all that is the biggest thing in your life that is "them".
It hurts not being able to be there, It hurts not being able to be more. But still, from far, I wish the bests and I wait for you, I'm waiting for you.
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