Ando fugida num mundo que só meu, ando falando mais "eu" do que qualquer outro pronome, ando conjugando mais verbos na primeira pessoa do singular, ando olhando mais no espelho que reflete a alma, ando mergulhando no mar de imensidão que se tornou essa minha história e esses vários passos curtos com o qual a trilhei.
Ando refugiada neste lugar que nem eu mesma consigo sentir palpável, apenas sei que ando mergulhando nele porque muito frequentemente tenho perdido o folego e tido que dar um jeito de subir novamente ao mundo compartilhado da superfície.
Coloquei as palavras 'egoísmo' e 'alienação' de lado, porque percebi que elas estavam me servindo ao oposto do que tenho buscado. Tenho buscado transformação e neste momento de minha existência nenhum outro processo se daria tão eficaz quanto esse mergulho que estou dando.
Lamento, apenas, o possível descaso com que posso vir a tratar aqueles que, como construído em nossa relação, venham me procurar para auxilio, ou até mesmo apenas reconforto. Caso isso aconteça não seria porque suas questões ou mesmo eles como pessoas tenham perdido valor, é que minhas questões andam tão a flor da pele que tenho me sentido um pouco cega e surda para questões alheias. Certamente, terei de explicar tal fato a alguns deles, a outros, felizmente não precisarei me prestar à tanto, pois estes estão tão perto que terão entendido e nem mesmo buscarão por satisfação de tipo algum.
Tem sido bem diferente habitar este novo lugar no mundo. Tenho me sentido muito confusa e a maneira com a qual me relaciono com as pessoas tem mudado muito. Tenho me resguardado do outro por pensar que qualquer aproximação me levaria a depositar um peso ou sugar deste outro, por estar numa busca incessante das minhas respostas tenho me avaliado como uma péssima figura para se partilhar a vida, pois seja o que for acabarei por por borrar com minha obsessão momentânea por esclarecimento e mudança. Provavelmente devo estar pessimista, reclamona, e repetitiva. Vou me aturando e tentado poupar os outros do mesmo esforço, na medida que for me sendo possível.
Paciência, Thais. Paciência...
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