Pilotando a moto, pensando e filosofando em voz alta, já que o capacete e o ronco do motor protegiam minha voz de ser ouvida. "Pensando bem, qual o sentido de se alcançar ou pretender alcançar a perfeição? Eu gosto dos meus defeitos. Não tenho orgulho deles, tão pouco os pretendo imutáveis ou 'imelhoráveis', mas gosto deles. Gosto porque eles me aproximam dos outros, pois nessa minha imperfeição preciso do outro para trazer a mim e ao mundo o que eu não posso por minhas limitações. Gosto porque toda vez que me vejo falhar e me sinto mal, exercito minha humildade e quando o outro falha comigo, não tenho porque julgá-lo em sua limitação tão humana como a minha. E é esse o tipo de humana que quero ser, e é o tipo de pessoa que busco me constituir a cada escolha, a cada dia, o tipo de pessoa que enxerga ao outro, que vive com o outro, que está muito distante da máquina e da perfeição, pois a ideia de perfeição apenas distancia, enoja, cega, envaidece, e eu quero muito mais que isso, EU quero vida, e vida se faz com; EU quero sonho, e sonho se sonha com; EU quero amor, e amor...AH,AMOR!!... AMOR SÓ SE AMA COM IMPERFEIÇÃO!"
E foi essa viagem, literalmente de corpo e alma, que me acompanhou na volta para casa esta noite, e me fez maior no momento em que a vivi, Pois me senti, mais uma vez, grata pela vida!
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