Contrário ao que todos diziam, possível ele se encantou pelo caos e se propôs o descontrole. Hesitou até onde seus freios o permitiram, listou os motivos pelos quais devia se impedir tal loucura, e também os motivos que levariam a falência tamanho investimento. Ele se revestiu de probabilidades ruins, enxergou apenas os defeitos e chorou a impossibilidade de vida.
Furação, tornado, ventania, vento, brisa, sopro... O sopro dela o levou dali, e o fez cair sentado em seu colo.
Ele não pode mais evitar, se jogou torto no seu amor falho, incerto, quanto ao certo, errado. Se jogou no que não fazia sentido, apenas sentido, sentiu! Sentiu o toque, sentiu o cheiro, sentiu o calor, sentiu a falta, sentiu o tom, sentiu o que sentiu, sem saber sentir!
Mesmo os que mais falam do amor, hora são emudecidos por ele!
Cheguei a construir títulos que fizessem caber o discurso de mim, e agora chego ao ponto de necessitar livrar-me deles, transpor-los, transcendê-los.
domingo, 30 de março de 2014
Portas
Tem portas que não se pode esperar abrir, algumas não se tem nem mesmo como bater!
Existem barreiras que, mesmo com tudo aproximando, simplesmente distanciam; Existem verdades que de tão cristalizadas se tornam as mais bizarras mentiras, mas ainda assim intransponíveis.
É irônico como meu olhar se negou a enxergar, por tanto tempo, que o amor muitas vezes não é o suficiente. E negou ainda que por tantas vezes me fora negado a oportunidade de amar, simplesmente por ser diferente.
Sem ter consciência dessas vivencias, sentia apenas a dor que elas me causavam, e com o tempo essa dor foi tendo corpo e um dia percebi sua fonte. Mas habilidade impar que tenho eu em fingir que é melhor, fui acreditando que era eu quem queria muito espaço, que era eu quem não me contatava, fui me encolhendo num canto, enquanto via as portas fechadas e não tinha condições de tentar, novamente, bater.
A dor foi sendo ouvida, ao ouvi-la não mais pude negá-la. E então agi, encarei, enfrentei. Encontrei portas que achava que estariam impossibilitadas de se abrirem entreabertas, já a minha espera, portas que adentrei e fui muito bem recebida, mas a porta que eu julgava mais importante estava completamente trancada.
Lamentei, chorei, desisti. Não valeria a pena esperar, sem jamais saber se a porta abriria. Sabia merecer bem mais... Minha porta estava aberta a tanto tempo, então parti com a minha porta aberta em busca de algo outro.
Nesse meio tempo me apropriei e também anestesiei minha dor. Comecei a achar que talvez fosse eu também a causadora das portas que me fechavam, que de alguma forma eu buscava portas que estariam fechadas, e ainda acho.... Não sei porque... Isso sequer me faz sentido racional. Mas, é o que existe.
Me vejo tentando ponderar, tentando respeitar, entender, e dar tempo ao tempo. E o que me faz tentar mais e melhor é o fato de que vejo, desta vez, a principal porta aberta. E mais, vejo também ela batendo na minha porta e esperando ela se abrir... Temos descoberto nossos mundos, e posso dizer que seu mundo me é incrível.
Existem barreiras que, mesmo com tudo aproximando, simplesmente distanciam; Existem verdades que de tão cristalizadas se tornam as mais bizarras mentiras, mas ainda assim intransponíveis.
É irônico como meu olhar se negou a enxergar, por tanto tempo, que o amor muitas vezes não é o suficiente. E negou ainda que por tantas vezes me fora negado a oportunidade de amar, simplesmente por ser diferente.
Sem ter consciência dessas vivencias, sentia apenas a dor que elas me causavam, e com o tempo essa dor foi tendo corpo e um dia percebi sua fonte. Mas habilidade impar que tenho eu em fingir que é melhor, fui acreditando que era eu quem queria muito espaço, que era eu quem não me contatava, fui me encolhendo num canto, enquanto via as portas fechadas e não tinha condições de tentar, novamente, bater.
A dor foi sendo ouvida, ao ouvi-la não mais pude negá-la. E então agi, encarei, enfrentei. Encontrei portas que achava que estariam impossibilitadas de se abrirem entreabertas, já a minha espera, portas que adentrei e fui muito bem recebida, mas a porta que eu julgava mais importante estava completamente trancada.
Lamentei, chorei, desisti. Não valeria a pena esperar, sem jamais saber se a porta abriria. Sabia merecer bem mais... Minha porta estava aberta a tanto tempo, então parti com a minha porta aberta em busca de algo outro.
Nesse meio tempo me apropriei e também anestesiei minha dor. Comecei a achar que talvez fosse eu também a causadora das portas que me fechavam, que de alguma forma eu buscava portas que estariam fechadas, e ainda acho.... Não sei porque... Isso sequer me faz sentido racional. Mas, é o que existe.
Me vejo tentando ponderar, tentando respeitar, entender, e dar tempo ao tempo. E o que me faz tentar mais e melhor é o fato de que vejo, desta vez, a principal porta aberta. E mais, vejo também ela batendo na minha porta e esperando ela se abrir... Temos descoberto nossos mundos, e posso dizer que seu mundo me é incrível.
quinta-feira, 27 de março de 2014
--_--_--_--_Morte!
Eu sei que irei morrer!
Caminho para o precipício, muda. Posso ouvir apenas meu coração e as folhas secas, que piso com pés descalços. Não ouço mais meus pensamentos, eles se foram de mim, e agora me resta apenas o vazio de não se saber.
Não choro, são as lágrimas que vazam de meus olhos inchados e cansados das tantas noites mal dormidas. Sigo em passos lentos de quem não tem outra escolha a não ser ser.
Paro na beira do penhasco. Não há quem possa me ouvir, me ver, muito menos me tocar. Agora sou apenas eu e a crua natureza. Sei que é este o caminho certo, o caminho que me colocará de fato em contato com a vida. O difícil é ter coragem para viver, antes da vida, a morte.
Diante dos últimos 30 centímetros de chão sob meus pés, exito entre as escolhas de dar apenas um passo ou saltar rumo ao vazio do ar. Meu corpo apático decide por mim, dando meu último passo, e então despencando meu corpo desfalecido no vazio do nada.
Morro!
E tento renascer na esperança de adquirir asas, ou mesmo escamas que me ensinem outra forma de me locomover!
Caminho para o precipício, muda. Posso ouvir apenas meu coração e as folhas secas, que piso com pés descalços. Não ouço mais meus pensamentos, eles se foram de mim, e agora me resta apenas o vazio de não se saber.
Não choro, são as lágrimas que vazam de meus olhos inchados e cansados das tantas noites mal dormidas. Sigo em passos lentos de quem não tem outra escolha a não ser ser.
Paro na beira do penhasco. Não há quem possa me ouvir, me ver, muito menos me tocar. Agora sou apenas eu e a crua natureza. Sei que é este o caminho certo, o caminho que me colocará de fato em contato com a vida. O difícil é ter coragem para viver, antes da vida, a morte.
Diante dos últimos 30 centímetros de chão sob meus pés, exito entre as escolhas de dar apenas um passo ou saltar rumo ao vazio do ar. Meu corpo apático decide por mim, dando meu último passo, e então despencando meu corpo desfalecido no vazio do nada.
Morro!
E tento renascer na esperança de adquirir asas, ou mesmo escamas que me ensinem outra forma de me locomover!
segunda-feira, 24 de março de 2014
O tempo O homem e Ela
Tic- Tac... Tac -Toc
O tempo passa, pessoas correm
Esqueceram de avisar que apenas o tempo não morre
O tempo quantifica, determina, limita
Só o céu sabe o preço da alma que grita
O tempo foi dado, o homem findado
Na hora perfeita pro encontro marcado
O tempo é senhor, escravo, invenção
Velocidades inversas para mente e coração
O tempo corre, pessoas passam
Num descompasso de quando todos caçam
O tempo ecoa, recua, destoa
E apenas se encontram com o tempo os que se permitem "a toa"
O tempo passou, e me assoprou para fora da alma
Cai no corpo, beijei o céu, e me apaixonei pela calma
Ao meu lado a imensidão do todo que se faz nada
Nadei no devaneio dos olhos, perfeita tela
Seu medo da morte e do tempo dependurados na janela
Esperando a vida, o riso e talvez o gozo o levarem para longe dela
Tão belo é seu riso de finos lábios que pareceu a vida conquistar
Numa ensolarada tarde, uma ventania a fez arrepiar
Soprou numa só rajada seu medo para escuridão
Para que ele jamais a dominasse, ela o veria em certa ocasião:
Sempre que seus olhos enxergassem a arte apenas guiados por seu coração.
O tempo aliou, alinhou, alí
Ela domina a vida, o riso, o sentir
O tempo passa, pessoas correm
Esqueceram de avisar que apenas o tempo não morre
O tempo quantifica, determina, limita
Só o céu sabe o preço da alma que grita
O tempo foi dado, o homem findado
Na hora perfeita pro encontro marcado
O tempo é senhor, escravo, invenção
Velocidades inversas para mente e coração
O tempo corre, pessoas passam
Num descompasso de quando todos caçam
O tempo ecoa, recua, destoa
E apenas se encontram com o tempo os que se permitem "a toa"
O tempo passou, e me assoprou para fora da alma
Cai no corpo, beijei o céu, e me apaixonei pela calma
Ao meu lado a imensidão do todo que se faz nada
Nadei no devaneio dos olhos, perfeita tela
Seu medo da morte e do tempo dependurados na janela
Esperando a vida, o riso e talvez o gozo o levarem para longe dela
Tão belo é seu riso de finos lábios que pareceu a vida conquistar
Numa ensolarada tarde, uma ventania a fez arrepiar
Soprou numa só rajada seu medo para escuridão
Para que ele jamais a dominasse, ela o veria em certa ocasião:
Sempre que seus olhos enxergassem a arte apenas guiados por seu coração.
O tempo aliou, alinhou, alí
Ela domina a vida, o riso, o sentir
quinta-feira, 13 de março de 2014
Como amar e fugir dos clichês?
Talvez tenha algum jeito, mas ainda não o alcancei. O máximo que já atingi foi não falar sobre. Largo mão dessa tentativa que me impede de me expressar e me jogo agora na descrição feita por esses olhos apaixonados!
Ela é fascinante!! Não raramente me olha profundo nos olhos, e algumas vezes, quando esse olhar é em busca de um resposta melhor, ela pisca um pouco mais demorado e entorta levemente a cabeça. Essa entortadinha de cabeça que ela faz é algo muito dela e que em diferentes intensidades pode revelar muito do seu humor. Falando em seu humor, ela é das pessoas de humor mais leve que já conheci. As vezes até me surpreendo com a capacidade que ela tem de se manter de bom humor e me parece que seu segredo está numa manutenção constante de um forte otimismo.
Manutenção essa que, as vezes, a faz realmente evitar certos assuntos...Aqueles que ela não conseguirá manter o otimismo porque ela ainda não está bem resolvida com eles. Ri ao escrever isso, porque sei que se ela estivesse me ouvindo dizê-lo, primeiro pediria para eu explicar melhor e em seguida diria que ela pode ser isso, sim, mas não é só isso, e logo citaria o comportamento oposto e diria que as vezes também o emite.
É incrível esse jeito nosso de trocar amor, porque depois de tanto tempo ouvindo ela responder desse jeitinho que descrevi às minhas tentativas de descrevê-la, eu finalmente aprendi a aceitar que ela está realmente certa! Eu não vou conseguir apreendê-la! Ai ai, haja maturidade para amar essa mulher, pois lidar com o "não-apreendido", com o Real em sua concretude e a "não-previsão" não é nada simples! E isso que ela ainda diz se acha menina!! rsrs
De menina ela tem mesmo algumas coisas, e eu amo todas elas! Eu amo o desprendimento com o qual ela consegue dançar do nada, principalmente enquanto cozinha, ou anda de um comodo ao outro, como que numa tentativa dela de espantar o tédio que ela sente ao executar as atividades cotidianas, que aliás já são fortes aliadas para a tirar do tédio de fazer nada, ou de fazer apenas uma atividade! Meu deus, só de lembrar do como essa garota faz um milhão de coisas ao mesmo tempo eu já me canso...hahahaha ..E ainda estou esperando uma amostra do "as vezes eu fico sem fazer nada também" e do " tem dia que eu fico só curtindo preguiça o dia todo"... Até hoje todos os dias por elas descritos como preguiçosos que eu me recordo eram acompanhados de coisas como, "ai fizemos bolo, fomos ao mercado, assistimos filmes e seriados e lavei a louça". Mas quer saber, eu adoro esse jeito dela todo serelepe, só tenho medo que o oposto que trago em mim possa nos encher. rsrs
Acabei de me tocar que estou correndo o risco de causar grande intriga porque estou aqui justamente a descrevendo, e ela parece não gostar, como já disse, mas caso ela venha a ler, já deixo de antemão (para meu receio não continuar acabando com o fluxo de minha expressão) o registro de que eu tenho plena consciência de que ela não é o tempo todo de uma mesma maneira, e que apenas estou falando de algumas marcas dela, que são muito dela, mas que também estão enviesadas por mim e meu olhar apaixonado.
Comecei a escrever esse texto ontem e resolvi terminar hoje, porém obviamente o fim dele se deu ontem mesmo... Esse último parágrafo vem então apenas para explicar esse final súbito, sem aparência de final, que deixou de colocar para as palavras as tantas outras várias coisas que me fascinam nela!
Talvez tenha algum jeito, mas ainda não o alcancei. O máximo que já atingi foi não falar sobre. Largo mão dessa tentativa que me impede de me expressar e me jogo agora na descrição feita por esses olhos apaixonados!
Ela é fascinante!! Não raramente me olha profundo nos olhos, e algumas vezes, quando esse olhar é em busca de um resposta melhor, ela pisca um pouco mais demorado e entorta levemente a cabeça. Essa entortadinha de cabeça que ela faz é algo muito dela e que em diferentes intensidades pode revelar muito do seu humor. Falando em seu humor, ela é das pessoas de humor mais leve que já conheci. As vezes até me surpreendo com a capacidade que ela tem de se manter de bom humor e me parece que seu segredo está numa manutenção constante de um forte otimismo.
Manutenção essa que, as vezes, a faz realmente evitar certos assuntos...Aqueles que ela não conseguirá manter o otimismo porque ela ainda não está bem resolvida com eles. Ri ao escrever isso, porque sei que se ela estivesse me ouvindo dizê-lo, primeiro pediria para eu explicar melhor e em seguida diria que ela pode ser isso, sim, mas não é só isso, e logo citaria o comportamento oposto e diria que as vezes também o emite.
É incrível esse jeito nosso de trocar amor, porque depois de tanto tempo ouvindo ela responder desse jeitinho que descrevi às minhas tentativas de descrevê-la, eu finalmente aprendi a aceitar que ela está realmente certa! Eu não vou conseguir apreendê-la! Ai ai, haja maturidade para amar essa mulher, pois lidar com o "não-apreendido", com o Real em sua concretude e a "não-previsão" não é nada simples! E isso que ela ainda diz se acha menina!! rsrs
De menina ela tem mesmo algumas coisas, e eu amo todas elas! Eu amo o desprendimento com o qual ela consegue dançar do nada, principalmente enquanto cozinha, ou anda de um comodo ao outro, como que numa tentativa dela de espantar o tédio que ela sente ao executar as atividades cotidianas, que aliás já são fortes aliadas para a tirar do tédio de fazer nada, ou de fazer apenas uma atividade! Meu deus, só de lembrar do como essa garota faz um milhão de coisas ao mesmo tempo eu já me canso...hahahaha ..E ainda estou esperando uma amostra do "as vezes eu fico sem fazer nada também" e do " tem dia que eu fico só curtindo preguiça o dia todo"... Até hoje todos os dias por elas descritos como preguiçosos que eu me recordo eram acompanhados de coisas como, "ai fizemos bolo, fomos ao mercado, assistimos filmes e seriados e lavei a louça". Mas quer saber, eu adoro esse jeito dela todo serelepe, só tenho medo que o oposto que trago em mim possa nos encher. rsrs
Acabei de me tocar que estou correndo o risco de causar grande intriga porque estou aqui justamente a descrevendo, e ela parece não gostar, como já disse, mas caso ela venha a ler, já deixo de antemão (para meu receio não continuar acabando com o fluxo de minha expressão) o registro de que eu tenho plena consciência de que ela não é o tempo todo de uma mesma maneira, e que apenas estou falando de algumas marcas dela, que são muito dela, mas que também estão enviesadas por mim e meu olhar apaixonado.
Comecei a escrever esse texto ontem e resolvi terminar hoje, porém obviamente o fim dele se deu ontem mesmo... Esse último parágrafo vem então apenas para explicar esse final súbito, sem aparência de final, que deixou de colocar para as palavras as tantas outras várias coisas que me fascinam nela!
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