quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A Parte Escura

Tenho mesmo essa dificuldade de falar sem explicar. Parece mesmo que quando nasci o primeiro sinal de raciocineo que pude ter foi tentando explicar alguma coisa. Me sinto mal, pois isso me faz calar quando o que sinto não consegue por mim ser explicável, isso sem dizer nas vezes que complico toneladas por tentar explicar antes de simplesmente usar o nome comum, como ciúmes!
 Não é fácil, não tem sido fácil minha relação com as palavras. Aqui estou eu que me propus a tentar simplesmente escrever livre como me vem a cabeça, mas estou aqui presa a explicação do como não consigo deixar de explicar!
 Raios!
Vou começar novamente... Quem sabe...







 Quero perto, muito perto, quero tanto que deixo longe. Longe temo, não seguro, e penso, sinto e penso. Sinto e penso, penso, penso. E o que sinto então me transborda! Tento explicar, mas as palavras correm de mim talvez espantadas pelo medo que sinto de pronunciá-las ou mesmo saber que existem!
 Um dia me acreditei dona de mim, e esse dia foi uma ilusão! Um dia me acreditei fora de mim e esse dia foi apenas um sonho.
 Tem vezes que esperar é dolorido, que trabalhar dá trabalho demais e que tudo que se gostaria era um pouco de inexistência. "Por favor, Garçom, Poderia me servir uma dose de inexistência? .....Que? Não acredito que acabou!..... Tá, Tá então, pode servir a dose de alienação mesmo."
 A humanidade trás a angústia junto ao sopro da vida, por toda ela. Muitos filósofos passam toda a vida dissertando a cerca da existência: o que é, como é, se existe ou não... E então eles simplesmente morrem! Nada há que fazer com a vida a não ser vivê-la até o ponto em que não se precisará mais.
 Montanha, vento, sol, e ainda assim gelado!
 Curva, sopro, luz, e ainda assim...assim!

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