quarta-feira, 24 de julho de 2013

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Uma parede à frente, ao lado uma muralha, atrás já se viu, e não se viveu e não se encontrou caminhos melhores que os que conduziram a esta parede atual. Na mochila, dúvidas, incertezas, incoerências, cegueiras. Na cabeça, cordas, lanterna, faca, alimentos e um isqueiro.
 Ainda haverá sobrevivência enquanto alimentos houver, mas não só de carne vive o homem, e se não tiver esperança a morte se dá antes na alma.
 Olha-se a muralha de baixo, aparenta imensidão impossível de se ultrapassar. Só há um caminho, então: Seguir em frente. Para, e observa novamente a parede. Ainda não a tocou, ainda não tentou ultrapassá-la, julga-se então se ela é de fato real. Qual a dificuldade que é real? A dificuldade real é a de andar só. A dificuldade real é a de não saber cantar, e tão pouco compor para a voz alheia.
 A feiura da parede com a qual se depara é surpreendente. Feiura, que agora sabida!

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