quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Aprendendo a AMAR

 Tenho sorte porque nasci aprendendo a amar e receber amor. Não disse nasci sabendo, mas aprendendo Aprendi rápido e forte e venho amando muito, ainda assim não sei, apenas aprendo.
 Amo minha família, amo meus amigos, amo a vida, amo a tudo que de maneira positiva e negativa me constituiu, amo também a possibilidade de amar.
 Então conheci alguém que vem emudecendo o meu amor. Eu olhava para ela e via algumas coisas de meus amigos, eu via também algo da minha família, eu via muito da vida nela, eu via um pouco de mim. Eu vi nela o meu mundo, nos olhos dela imensidão, no sorriso a alegria que queria ao meu lado para sempre, na pele dela eu quis a pela minha!
 Eu que tanto amei na vida, que tanto amor vim aprendendo, vivi então o medo de amar, pois o desejo era de alma e quando é de alma é tanto que a mente tenta ponderar. Ponderei o quanto pude, mas naquela noite já não podia mais, naquela noite ao dizer "eu te amo" as lagrimas caíram rompendo com qualquer ponderação.
 Nunca antes houvera amado assim de mãos dadas, nunca antes houvera experimentado a sensação de romance tamanho que se tenha vontade de perder-se no outro, com o outro. E então venho me deparando com mais um aprendizado do amor: venho aprendendo a amar calada, porque as palavras já não dão conta do amor que quero dizer!
 Tudo que posso escrever ou falar é clichê! E mesmo eles são incompletos!
Eu a amo calada, e falando o tempo inteiro!
Eu amo ela ter me ensinado que ao invés de "mas" eu posso usar "e"
Eu amo ela ter carinho nas palavras e no olhar
Amo aprender a amar a praia
Amo ela amar a praia
Amo o novo sentido que a palavra Santos tem hoje em minha vida
Amo a ironia dela amar as palavras e eu viver dislexiando elas todas
Amo ela gostar de poesia e MPB
Amo ela ser a grande responsável por eu conseguir prestar atenção nas letras das músicas
Amo ela reclamar que eu não abraço depois que adormeço (e pretendo sinceramente convencer meu inconsciente a ser mais carinhoso!)
Amo ela viver a música como uma espécie de mantra diário multidiversificado
Amo ela ter muitos amigos e ter muito espaço na vida dela pra eles
Amo a maneira doce como ela ama a família
E por amá-la tanto, já amo a família dela de brinde, afinal para terem criado uma pessoa tão incrível eles certamente são incríveis
Eu amo a ideia de ficar com ela muito tempo, mas muito tempo
Amo também a frase "que seja eterno enquanto dure" porque ela na verdade fala da verdade mais verdadeira da vida, só que de um jeito meio torto... para mim ela diz: o agora é eterno então viva-o como tal.
 Eu A amo nessa eternidade do agora! Um agora curioso que fica tentando saber do passado para amar o passado também, um agora teimoso que nega que o 'antes' ele não viu, e um agora obstinado que tem certeza que permanecerá no futuro e logo sonha, logo se planeja ao lado dela!
 Eu amo esse meu agora também!
Ah! Como ando amando!!! E se ando tendo tanto amor é porque tenho tido o amor dela, multiplicador do meu!

 E antes de terminar de jogar tudo que borbulhava em mim para esta tela em branco devo dizer, ou melhor, confessar que se coloquei no passado os vários verbos no começo do texto, é porque ainda estava construindo coragem para colocá-los no presente e no contínuo!

http://www.youtube.com/watch?v=fNB7OdyX3_g

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um só dia Muitos pensamentos

 Penso, decido escrever, ligo o pc, e tudo se perde! Cada partícula de pensamento, cada intensão da alma escarrada em palavras, tudo se perde! Uma vez, duas, três!
 "Talvez esteja resistente a ideia de digitar" decido travar briga com, seja lá qual, processo interno que estava a me impedir! 
 Penso novamente, corro pegar caneta e papel, não adianta. Para minha completa decepção, nada adiantou!!
 Todos os meus pensamentos de hoje se perderam! Todos se descolaram de mim, se perderam de mim, me perdi de mim, me perdi da palavra, me perdi do pensamento, me perdi da história!
 Fui completamente perdida!
 E tudo que, até agora, consegui escrever é essa ausência de mim e das palavras por mim escarradas!

 Falta     Buraco       Saudade      Paixão      Sonho      Letra      Memória      Cultura      Desastre      Acaso         Sola     Só     União      Desatino      Antipático        Construção       Fala       Feito       Revolta      Dor       Passo     Bussola       Duvida   

Dúvida?
Duvida.
Duvida?
Mas é claro! E como não? Um tanto quanto um pouco demais, demais tanto que deveria menos, tão menos quanto pudesse ser, mas não tão pouco que não se fosse ver.
 Se ver não com os olhos, se ver com a testa,
Se ver longe, ao ver fazer festa
Se permitindo a insanidade do escracho
a insanidade 
insanidade
in sanidade
sanidade
san idade
idade
i dade
dade
da de
de
d e
e
e